Pierluigi Piazzi, ou professor Pier, como é chamado por seus alunos e ex-alunos, nasceu na Itália em 1943, bem no meio da Segunda Guerra Mundial, chegando ao Brasil em 1954. Durante sua vida, trabalhou como garçom, confeiteiro, motorista de caminhão, topógrafo, tratorista e químico, até finalmente seguir sua vocação, passando a lecionar em cursinhos, onde preparou cerca de cem mil alunos. Além de sua experiência em cursinhos, o professor Pier lecionou as disciplinas de Inteligência Artificial e Configuração de Redes Neurais para alunos de engenharia da computação. Por mais de dez anos, viajou pelo Brasil visitando centenas de escolas para ministrar palestras para alunos, pais, professores e coordenadores.
Sendo assim, sua importância para a educação brasileira é muito grande, com seus livros sobre educação ainda sendo referência no assunto devido a uma insatisfação com a educação.
De fato, a insatisfação com a escola não é recente: há décadas, reclama-se do conteúdo ensinado não ter relação com o dia-a-dia. Além disso, outra reclamação comum é do fato de que os alunos não lembram nada depois da prova, do desinteresse geral, etc. Portanto, vendo as dificuldades de seus alunos, o professor Pierluigi Piazzi, mais conhecido como professor Pier, desenvolveu um método de estudos eficaz.
Prof. Pier foi um professor de física e química que lecionou do colégio à pós-graduação.No entanto, seu foco sempre foi o cursinho pré-vestibular.Portanto, foi lá que ele notou algumas coisas: os alunos do cursinho tinham que aprender em um ano tudo o que não aprenderam durante os anos escolares.De fato: se era preciso aprender tudo de novo, para que servia a escola?
Entretanto, ele não ficou apenas na critica rasa: percebeu que o tipo de ensino no pré-vestibular era bem diferente do ensino convencional. Assim, ele tentou desenvolver um método para qualquer aluno aprender melhor.
Os livros de Pierluigi Piazzi são:
Primeiramente, o livro Aprendendo Inteligência ensina alunos que querem estudar melhor.
Em segundo lugar, Estimulando Inteligência ajuda que os pais cuidem ajudem seus filhos a estudar melhor.
Em terceiro lugar, Ensinando Inteligência é voltado para os professores que querem ajudar seus alunos.
Por fim, Inteligência em Concursos ajuda concurseiros e vestibulandos a se preparar para esses exames .
As principais lições do professor Pier são:
Primeiramente, é importante entender a diferença entre aula e estudo: a aula é o momento aonde entendemos o conteúdo, é passiva e pode ser em grupo.Entretanto, o estudo é o momento aonde retemos aquele conhecimento, sendo ativo e necessariamente individual.Ou seja: não há estudo em grupo!Sendo assim, o estudo é um momento aonde o estudante, individualmente, percorre o conteúdo novamente.Portanto, dessa diferença vem a diferença de definições: aluno é quem assiste aula, estudante é quem estuda.Infelizmente, na realidade brasileira muitos alunos não são estudantes.
Ainda, essa diferença vem das diferentes regiões do cérebro. Basicamente, nosso cérebro é divido entre memória RAM e HD.De fato: como no computador, a memória RAM armazena uma informação até ser desligado, enquanto o HD guarda a informação para sempre.No entanto, os alunos estudam antes da prova, armazenando o máximo de informações na memória RAM e esquecem logo depois da avaliação.Entretanto, como podemos gravar o conteúdo no HD e nunca mais esquecer o conteúdo?Portanto, devemos revisar o conteúdo abordado durante a aula em uma sessão de estudos.
Em terceiro lugar, professor Pier fala que a escrita ativa mais regiões do cérebro e, portanto, é mais eficiente do que digitar. Por exemplo: usamos nossas capacidades motoras para escrever, nossas capacidades de leitura para ler as letras e outras.Por outro lado, na digitação, não temos o esforço mecânico e perdemos muito dessa capacidade.
Além disso, outra dica que ele dá é ouvir música instrumental ou música em um idioma que não se conhece.Dessa forma, outras regiões do cérebro que não interferem na parte linguística são ativadas e mantemos nosso foco.Assim, outras porções do nosso cérebro não nos atrapalharão durante as sessões de estudo.
Logicamente, não devemos sobrecarregar nosso cérebro. Pier recomenda ciclos de estudo e descanso.Portanto, um tempo de 30 a 40 minutos de estudo, com 5 a 10 de descanso já basta para evitar que nosso cérebro se canse.Entretanto, vale notar que este tempo de descanso deve se dar realizando atividades mais saudáveis. Por exemplo: exercícios, ouvir música, ler um livro de ficção, entre outras, evitando internet e celular, que nos mantém distraídos por mais tempo do que o necessário.
De fato: Pier garante que nunca esqueceremos um assunto que já estudamos.Dessa forma, só precisamos revisar um mesmo conteúdo eventualmente para manter fresco na memória.Pier argumenta, por exemplo, que um advogado que passa 5 anos na faculdade deveria ser capaz de passar no exame da OAB sem cursinho.Além disso, um aluno de ensino médio deveria passar para a faculdade sem pré-vestibular.Portanto, os cursos preparatórios são sintomas da má qualidade do ensino brasileiro.De fato: o professor Pierluigi Piazzi foi uma das poucas mentes que se levantou com força contra o caos no ensino brasileiro.Assim, enquanto alguns persistem no mesmo erro, esse professor veio com uma mensagem simples e poderosa: “Lição dada é lição estudada…hoje!”